quinta-feira, 29 de abril de 2010

Comemorações do 36º aniversário do 25 de Abril na ESQM


O Grupo de História da nossa Escola desenvolveu na semana de 19 a 23 de Abril algumas actividades com o fim de evocar a "Revolução dos Cravos".

Os alunos do ensino Básico aderiram com grande entusiasmo à decoração de Tshirts alusivas à Revolução, tendo sido expostas mais de 160! trabalhos.Na Biblioteca realizou-se uma mostra de fardas militares, em alusão aos Capitães de Abril e, com o mesmo objectivo, um grupo de militares do RAAA1 de Queluz montou uma tenda no dia 21 de Abril, no pátio, e apresentou diversos objectos inerentes à vida militar.
Os alunos do 9º ano, do 11º de Multimédia e do 11º e 12º de Humanidades tiveram visitas guiadas à tenda, onde lhes foram dadas explicações sobre a vida militar nos anos 70 e nos nossos dias. Foi ainda apresentado aos alunos um pára-quedas e explicado o seu funcionamento, bem como os procedimentos de segurança obrigatórios.
Finalmente, no dia 23 de Abril, realizou-se na Biblioteca uma palestra pelo sr. Comandante Ramiro Soares Rodrigues, da Associação 25 de Abril, o qual teve participação activa nos acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974.
Agradecemos a todos os que se envolveram e colaboraram nas actividades, particularmente à incansável profª Isabel Silva.

Luísa Godinho


sábado, 24 de abril de 2010

25 de Abril de 1915 - O Genocídio Arménio

No dia 25 de Abril de 1915, o governo dos “jovens turcos ” iniciou o massacre do povo arménio, que se estendeu até 1917. Estima-se que foram chacinados cerca de um milhão e meio de arménios. Este acontecimento ficou conhecido como “o genocídio arménio”. A constituição turca proíbe ainda hoje qualquer referência a este acontecimento. Este não reconhecimento dos crimes perpetrados pelos turcos no passado é o factor mais decisivo que impede a Turquia de entrar para a União Europeia. Apesar de tudo, o governo actual da Turquia tem procurado a reconciliação com a comunidade arménia de Istambul.

A Escola Secundária Quinta do Marquês está geminada com a Escola Arménia de Getronagan de Istambul e, como tal, neste dia, em que comemoramos o dia da Liberdade em Portugal, não posso de deixar de enviar as minhas saudações fraternas, em particular, aos professores e aos alunos dessa escola e, em geral, a toda a comunidade Arménia de Istambul.

Portugal deve muito a este heróico povo arménio de Istambul, pois foi desta comunidade que proveio um grande amigo dos portugueses – o Sr. Calouste Gulbenkian – que aqui encontrou refúgio das perseguições turcas e, em troca dessa hospitalidade, muito tem feito pela educação e cultura dos portugueses.

Getronagan Armenian High School - Istanbul
Escola Secundária Quinta do Marquês - Oeiras

Today is the 25th April, the day when we celebrate the anniversary of Liberty. Portugal was freed from dictatorship 36 years ago. Those were days marked out by the fascist repression and obscurantism as well as by social, cultural, political and economic underdevelopment. During that long night, which lasted for almost 50 years, many Portuguese people went into exile, trying to run away from hunger, persecution and the fratricide colonial war. Contrary to what happened with other peoples, the young captains took the side of the people and gave it freedom. Today, the Day of Liberty, a happy day in Portugal, I must remember our Armenian friends from Istambul, who love freedom so much as they love their city. I am sure they will also remember this day. I hope Turquey will join the European Union quite shortly.

José António, Prof. de Filosofia da ESQM


domingo, 11 de abril de 2010

Mais uma vez o Marquês...


Desta vez fui encontrar o Marquês em Vila Real de Santo António, Algarve.
Cidade de traçado geométrico, mandada erigir em Dezembro de 1773 por ordem do Marquês, desenvolveu-se numa malha urbana ortogonal perfeita, centrada na Praça Marquês de Pombal. Quatro torreões pombalinos marcam os vértices da praça central, perfeitamente quadrada.
Os edifícios foram construídos à base de peças pré-fabricadas que depois eram aplicadas no local, tornando a construção mais uniforme e célere. As obras ficaram concluídas a 13 de Maio de 1776.
O objectivo da edificação de Vila Real de Santo António era o de controlar o comércio neste importante ponto de fronteira e desenvolver as pescas, que mais tarde fariam surgir a industria conserveira.
Cidade muito interessante, esta "vila real"!

Luísa Godinho

sábado, 10 de abril de 2010

O Massacre de Katyn

O filme “Katyn” do cineasta polaco Andrzej Wajda,
cujo pai foi um dos oficiais polacos assassinados


Katyn, floresta a 400 Km a ocidente de Moscovo, é lembrada pelo terrível massacre de cerca de 22 mil oficiais, intelectuais, religiosos e proprietários rurais polacos, executados entre Abril e Maio de 1940, durante a II Guerra Mundial, pelas tropas de Estaline. O local também registou a morte de milhares de soviéticos perseguidos pelo regime estalinista.
Nas vésperas da II Grande Guerra a Alemanha e a URSS tinham assinado um pacto de não agressão que previa, ainda, a repartição da Polónia entre si. A 1 de Setembro de 1939 a Polónia é invadida pela Alemanha e duas semanas mais tarde pelas tropas soviéticas. Milhares de polacos são feitos prisioneiros pelos russos, parte deles é libertada, mas mais de 20 mil serão assassinados na Primavera de 1940 em Katyn e noutras localidades.
Em 1943 a Alemanha invade a URSS, quebrando definitivamente o pacto de não-agressão, e as tropas alemãs hão-de descobrir em Katyn as valas comuns, cheias de cadáveres polacos. Os russos são acusados pelos nazis, mas recusam essa responsabilidade e atribuem aos alemães a autoria dos massacres. Só em 1990, o presidente russo Mikhaïl Gorbatchev reconheceu a responsabilidade da União Soviética no massacre de Katyn.
Comemora-se esta semana o 70º aniversário do massacre, através de cerimónias que juntam pela primeira vez russos e polacos, e foi a caminho da Rússia, para uma homenagem às vítimas desse massacre, que o presidente polaco, a esposa, vários membros do governo, o presidente do Banco Central, deputados, militares, líderes religiosos... encontraram hoje a morte... na mesma floresta.

Luísa Godinho


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sugestão para a interrupção lectiva - II


Natureza-Morta de Josefa de Óbidos

O Museu Gulbenkian tem patente até 2 de Maio uma exposição muito interessante sobre Naturezas Mortas, de autores europeus dos sécs. XVII e XVIII. A exposição está organizada por ordem cronológica e por núcleos temáticos (flores, frutos, peixes, caça, crustáceos, cozinhas, doces, pão, instrumentos musicais, ...).
As naturezas-mortas, em séculos de fome e crise, como o foi o séc. XVII, representam uma variedade e riqueza de alimentos e objectos "desajustados" à realidade. Daí a curiosidade deste tema da pintura europeia, que pretendia expressar a riqueza daquele que encomendava o quadro ou a evocação de uma abundância perdida??
Entre as 71 obras em exposição, de pintores muito conceituados nesta forma de arte, encontram-se dois quadros da pintora do séc. XVII, nascida em Sevilha, mas que viveu em Portugal desde os quatro anos de idade (filha de um pintor português e de uma senhora da Andaluzia), Josefa de Ayala Figueira, ou Josefa de Óbidos.
Aproveite, vá ver a exposição e passeie depois pelos sempre bonitos jardins da Fundação.

Luísa Godinho